Risco ocupacional: o que é e como a empresa deve gerenciá-lo?

Risco ocupacional

Para as companhias, saber como gerenciar riscos ocupacionais e compreender suas particularidades é fundamental, especialmente quando consideramos as estatísticas relacionadas a acidentes e doenças no ambiente de trabalho. 

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apenas em 2024, o Brasil registrou mais de 724 mil ocorrências. Desse total, 74,3% foram acidentes típicos, 24,6% acidentes de trajeto e apenas 1% de doenças ocupacionais. 

Esses números refletem a necessidade de afastamentos e pagamentos extraordinários, mas também uma dificuldade por parte das empresas de identificar o adoecimento no ambiente de trabalho.

Se você compreende a importância e quer saber mais sobre como prevenir os riscos ocupacionais, este conteúdo vai te ajudar! Continue a leitura e saiba o que é, quais os tipos e como gerenciá-los corretamente. 

Bom aprendizado!

O que é risco ocupacional?

É todo fator ou situação do ambiente de trabalho que coloca em perigo a saúde e segurança do trabalhador por meio de acidentes, doenças ou impactos físicos e psicológicos. Em outras palavras, sempre que um empregado está exposto a condições danosas imediatas ou de longo prazo, está diante desse estado de ameaça.

Este conceito é fundamental para evitar incidentes e questões de saúde. Isso porque ajuda a identificar os riscos e permite adotar medidas de proteção, como uso de EPI (equipamento de proteção individual), EPC (equipamento de proteção coletiva) e determinação de medidas de organização. 

Além disso, compreender o que é risco ocupacional, seus tipos e como gerenciá-lo ajuda no cumprimento das leis e normas sobre o tema. 

Para facilitar o entendimento do tema, os riscos ocupacionais são divididos em tipos. A seguir, explicamos cada um.

Quais os tipos de riscos ocupacionais?

O Brasil criou uma classificação dos riscos ocupacionais por cor, tanto para ajudar na identificação dos tipos, quanto para cumprir com as leis e direitos do trabalhador. Conheça-os a seguir. 

Riscos físicos, representados pela cor verde

Neste tipo de risco ocupacional estão as profissões e atividades que envolvem ruído, vibração, calor, frio, radiação, pressão anormal. 

Riscos químicos, representados pela cor vermelha

Aqui estão as ocupações com exposição a fungos, poeira, gases, vapores, névoas ou produtos químicos tóxicos em determinado nível. 

Riscos biológicos, representados pela cor marrom

Nesta categoria ficam as profissões que lidam com riscos biológicos, como exposição a vírus, bactérias, fungos, protozoários e parasitas, por exemplo. 

Riscos ergonômicos, representados pela cor amarela

Aqui estão as ocupações que envolvem posturas inadequadas, esforço repetitivo, carga excessiva de trabalho, monotonia e estresse. 

Riscos de acidentes ou mecânicos, representados pela cor azul

Por fim, nesta categoria estão as atividades majoritariamente industriais, como uso de máquinas sem proteção, quedas, choques elétricos, incêndios ou utilização inadequada de ferramentas. 

Repare que, apesar de distintos, é plenamente possível “a soma” dos riscos, ou seja, que uma mesma pessoa sofra com mais de uma questão de perigo no trabalho. Falamos mais sobre essa questão a seguir. 

2 exemplos práticos de riscos ocupacionais e como evitá-los

Veja casos em que existe a ocorrência de risco para os trabalhadores, com base na classificação acima. 

Ocorrência de risco físico

Imagine uma situação em que um operador de máquinas em uma metalúrgica trabalha exposto a sons intensos durante todo o turno. Nesta situação, existe um grande risco de PAIR (perda de audição induzida por ruídos), além de outras questões de lesões físicas pelo maquinário, como queimaduras ou esmagamentos. 

Uma das soluções para este caso é o uso de EPIs, como protetores auriculares, enclausuramento acústico de máquinas e monitoramento da pressão sonora. 

Ocorrência de riscos múltiplos

Nesta situação, vamos imaginar uma auxiliar de enfermagem em determinado hospital. Dentre suas atribuições, estão a manipulação de pacientes e materiais contaminados, como agulhas, seringas e instrumentos cirúrgicos, e atuação em plantões longos, com sobrecarga física e postura inadequada ao movimentar enfermos. 

Aqui, trata-se de dois riscos: biológico, pelo contato com agentes virulentos e bactérias, e ergonômico, pelo perigo de lesão por esforço, simultaneamente. Neste caso, a pessoa está sob duas ameaças simultâneas e, portanto, as soluções devem abranger ambas as situações: vacinação e correto uso de EPI e pausas regulares para mitigar danos e contusões físicas. 

Como gerenciar riscos ocupacionais?

Gerenciar riscos ocupacionais significa identificar, avaliar, controlar e monitorar os perigos existentes no ambiente de trabalho para proteger a saúde e segurança dos trabalhadores. É um processo contínuo e deve estar alinhado às exigências legais e às Normas Regulamentadoras (NR). Para tal, existe uma série de etapas de gerenciamento, e, abaixo, explicamos cada uma. 

1. Identificação e avaliação de riscos

    O primeiro passo é mapear todos os perigos no ambiente de trabalho e avaliar a probabilidade de ocorrência e severidade de cada um. Utilize inspeções, entrevistas, ferramentas e analise acidentes anteriores para determinar os níveis: alto, médio ou baixo. Neste momento, é importante envolver os empregados e a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio). 

    2. Definição de medidas de controle 

      Elimine ou substitua todos os processos que oferecem riscos. Instaure uma cultura de Controle Coletivo, com barreiras físicas, ventilação adequada, enclausuramento de máquinas, rodízio de funções, pausas e treinamentos. Também é crucial investir em EPIs e EPCs sempre que necessário, além de insumos como cadeiras ergonômicas. 

      3. Implementação do PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos)

        O PGR é um documento exigido pela NR-1, obrigatório para todas as empresas, que contém um inventário de todos os riscos e planos de ação com medidas preventivas ou corretivas. Você deve manter o Programa sempre atualizado para evitar surpresas desagradáveis em ocorrências não previstas.

        4. Monitoramento e melhoria contínua

        Por fim, realize inspeções periódicas e reavalie riscos sempre que houver mudanças no processo, como inclusão de novas tarefas ou maquinários. Acompanhe os indicadores de segurança, como números de acidentes e afastamentos. 

        Com esses quatro passos, você não apenas cumpre a legislação, como reduz os perigos, melhora o clima organizacional, aumenta a produtividade e, claro, fortalece a imagem da empresa no mercado. Porém, ainda resta uma dúvida: como identificar, mensurar e monitorar os riscos ocupacionais na companhia? 

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