5 grandes fatores de personalidade e o estresse ocupacional
O estresse ocupacional afeta significativamente os profissionais em ambientes corporativos. Para compreender as diferentes formas como os indivíduos respondem a situações desafiadoras, é essencial conhecer os cinco grandes fatores de personalidade.
De acordo com o Panorama do Bem-Estar Corporativo da Wellhub, 47% dos brasileiros sentem estresse no trabalho. Essas condições podem acarretar enfermidades físicas e psicológicas que comprometem a produtividade e o bem-estar.
As empresas devem identificar as principais fontes de tensão e adotar táticas eficazes de gerenciamento para minimizar os impactos. Descubra o que e como fazer neste artigo!
O que é estresse ocupacional?
Estresse ocupacional é a resposta física e emocional que surge no ambiente de trabalho devido à sobrecarga de tarefas, problemas interpessoais ou condições adversas que pressionam os profissionais. Esse tipo de situação compromete o bem-estar, reduz a produtividade e causa problemas de saúde, como ansiedade, esgotamento mental e doenças físicas.
Culturas organizacionais tóxicas, falta de apoio e de reconhecimento, clima hostil e desorganização são outros fatores que contribuem para o agravamento da condição.
Quais os sintomas de estresse ocupacional?
O estresse ocupacional pode se manifestar por meio de uma variedade de sintomas psicológicos e físicos, como:
- ansiedade;
- depressão;
- irritabilidade;
- fadiga;
- burnout;
- dificuldade de concentração;
- pressão alta;
- problemas gastrointestinais;
- dores de cabeça;
- problemas de sono.
É importante lembrar que, segundo estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mais de 70% dos brasileiros sofrem com alterações no sono.
Não gerenciar esses sintomas pode acarretar transtornos graves que afetam significativamente a qualidade de vida. A relação entre saúde mental e trabalho destaca a necessidade de abordagens preventivas e intervenções para promover uma empresa mais saudável e segura.
Ficou claro o que é estresse ocupacional? Reconhece alguma dessas condições no seu negócio?
A seguir, entenda como as cinco grandes fatores de personalidade podem ajudá-lo.
O que é Big Five (os cinco grandes fatores de personalidade)?
O modelo Big Five, na psicologia, descreve as características individuais que influenciam a maneira como as pessoas reagem ao estresse no trabalho. A técnica estatística para investigar essas questões é feita por meio de questionários e da Análise Fatorial.
Os cinco grandes fatores de personalidade incluem:
- neuroticismo: estabilidade emocional;
- extroversão: sociabilidade e energia;
- abertura à experiência: curiosidade, criatividade e disposição para novas ideias;
- amabilidade: relacionamento com os outros;
- conscienciosidade: autodisciplina, organização e responsabilidade.
A atenção à saúde mental e à personalidade dos funcionários pode levar a uma força de trabalho mais engajada, satisfeita e persistente.
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Quais personalidades mais vulneráveis ao estresse ocupacional?
Certas particularidades podem predispor os indivíduos a experimentar níveis elevados de tensão, enquanto outras proporcionam maior resiliência.
Colaboradores com abertura à experiência, por exemplo, tendem a ser mais criativos e adaptáveis, o que pode ajudá-los a encontrar soluções inovadoras para problemas. Sua flexibilidade e disposição para mudanças contribui para uma maior capacidade de adaptação.
No entanto, traços de neuroticismo e extroversão se destacam entre as mais sensíveis. Entenda!
Neuroticismo
Indivíduos com altos níveis de neuroticismo tendem a experimentar emoções negativas com mais frequência e intensidade, como raiva, ansiedade ou depressão, o que torna essa personalidade mais vulnerável ao estresse ocupacional. Eles podem se preocupar excessivamente com problemas no trabalho e ter dificuldade em lidar com críticas ou falhas.
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Extroversão
Extrovertidos, que geralmente buscam e desfrutam da companhia de outros, podem ter facilidade em obter apoio social em períodos exaustivos, o que pode servir como um amortecedor contra o estresse. Portanto, podem se sentir prejudicados em empresas que não oferecem redes de apoio ou empatia.
Segundo a Infojobs, 90% dos brasileiros já consideraram trocar de emprego por motivos de saúde mental, satisfação ou felicidade no trabalho.
Identificar e entender essas diferenças é fundamental para desenvolver estratégias eficazes de prevenção e gestão do estresse.
Estratégias para gerenciar o estresse no ambiente de trabalho
Confira 4 estratégias que a sua empresa pode adotar de acordo com os cinco grandes fatores de personalidade.
1. Fazer intervenções psicológicas e aconselhamento profissional
Adaptar as intervenções psicológicas e o aconselhamento profissional ao tipo de personalidade pode aumentar significativamente a eficácia dessas abordagens.
Por exemplo, colaboradores com alta conscienciosidade, neuroticismo predominante ou os com baixa amabilidade podem se beneficiar de técnicas de gestão do tempo e controle do perfeccionismo. Já aqueles com características opostas podem precisar de ajuda para aumentar a motivação e o engajamento diante de desafios.
2. Incentivar técnicas de mindfulness e redução do estresse
Práticas de mindfulness e meditação são particularmente úteis para o alto neuroticismo, por ajudar a cultivar uma maior consciência de seus padrões de pensamento e a responder de maneira mais equilibrada às situações estressantes.
Já para extrovertidos, atividades em grupo que promovem a clareza mental e o foco podem ser mais atrativas e eficazes.
3. Coping e adaptação individual
Coping é um termo psicológico que se refere aos processos que indivíduos utilizam para lidar com situações estressantes ou desafiadoras. Pode incluir técnicas de relaxamento, organização do tempo e exercícios físicos, além da busca por apoio profissional quando necessário. Desenvolver estratégias como essas é vital no ambiente corporativo.
4. Promover uma cultura organizacional estimuladora
Para qualquer dos cinco grandes fatores de personalidade, os empregadores têm um papel crucial na promoção de um ambiente de trabalho saudável, o que inclui:
- reconhecer a diversidade de personalidades;
- adaptar a cultura organizacional para apoiar todos os funcionários;
- implementar políticas flexíveis;
- promover a comunicação aberta;
- oferecer programas de bem-estar.
Essas são apenas algumas dicas que podem ajudar a reduzir o estresse ocupacional e promover a saúde mental dos seus colaboradores.
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