Qual é o papel do psicólogo nas políticas de ESG?
O papel fundamental do psicólogo nas políticas de ESG: criando um futuro sustentável e inclusivo
Introdução: A evolução das organizações e o papel da Psicologia
As empresas e investidores em todo o mundo estão passando por uma transformação significativa, adotando o conceito de “investimento responsável”. Esta mudança é impulsionada por uma consciência crescente de questões cruciais, como impacto ambiental, justiça social e transparência. Assim, as organizações estão expandindo seu foco além do crescimento e lucratividade, reconhecendo seu papel crucial na construção de um futuro sustentável e inclusivo. Neste artigo, exploraremos o papel essencial do psicólogo nas práticas de ESG (Environmental, Social, and Governance), revelando como a Psicologia pode ser uma ferramenta poderosa para criar mudanças significativas e duradouras.
O que são as práticas de ESG e por que elas importam?
– Environmental, Social, and Governance (ESG): Estas práticas surgiram como uma resposta à necessidade de abordar questões ambientais, sociais e de governança corporativa de forma holística. Originado no mercado financeiro em 2004, o termo ESG refere-se a uma abordagem que vai além das métricas econômico-financeiras tradicionais, considerando o impacto das ações de sustentabilidade nos resultados das organizações.
– Fatores Ambientais: Envolvem a mitigação de riscos ambientais, como o uso eficiente de recursos naturais, a redução de emissões de gases de efeito estufa, a gestão de resíduos e a promoção de um meio ambiente saudável.
– Fatores Sociais: Focam na inclusão social, diversidade de gênero, relações de trabalho justas e um ambiente de trabalho saudável. Incluem também o engajamento dos colaboradores, capacitação e respeito aos direitos humanos.
– Fatores de Governança: Destacando a importância de políticas de administração transparentes, ética e contribuindo positivamente para a reputação corporativa. Envolvem agir com honestidade e integridade em todas as interações com clientes, fornecedores e colaboradores.
O papel do psicólogo nas práticas de ESG: contribuindo para um futuro sustentável
Os psicólogos desempenham um papel crucial na integração das práticas de ESG nas organizações, trazendo uma perspectiva única e valiosa. A seguir, exploramos algumas áreas-chave onde a Psicologia pode fazer a diferença:
– Psicologia e o Ambiente: Os psicólogos podem ajudar as empresas a compreender a relação entre as pessoas e seu ambiente de trabalho. Um bom clima organizacional, por exemplo, pode melhorar significativamente a interação e o relacionamento entre os colaboradores.
– Relação Indivíduo-Sociedade: O estudo da relação do indivíduo com a sociedade é fundamental para a Psicologia. Os psicólogos podem auxiliar as empresas a desenvolver programas e intervenções que melhorem a qualidade das relações no trabalho, promovendo uma cultura inclusiva e respeitosa.
– Diagnóstico Organizacional: Os psicólogos contribuem para uma análise profunda da organização, identificando desafios e propondo intervenções estratégicas. Isso inclui o desenvolvimento de líderes, promoção de segurança psicológica e a criação de políticas de remuneração justas.
Tabela: Contribuições da Psicologia nas Práticas de ESG
Área de Contribuição | Descrição |
Psicologia e o Ambiente | Compreender a relação indivíduo-ambiente, influenciando um clima organizacional positivo e melhorando as interações entre colaboradores. |
Relação Indivíduo-Sociedade | Estudar a dinâmica indivíduo-sociedade, auxiliando na criação de programas de intervenção para melhorar as relações de trabalho e promover inclusão. |
Diagnóstico Organizacional | Realizar análises aprofundadas, identificar desafios e propor intervenções estratégicas, alinhadas ao planejamento da gestão. |
Saúde Mental e Emocional | Focar no bem-estar emocional dos funcionários, promovendo políticas de horas trabalhadas equilibradas, interação saudável com a liderança e suporte pós-pandêmico. |
– Saúde Mental e Emocional: A saúde emocional dos funcionários é uma preocupação crescente nas práticas de ESG. As empresas estão reavaliando políticas de horas trabalhadas, pressão por resultados e interação com a liderança. A Psicologia pode ajudar a implementar políticas de diálogo constante, acolhimento e autocuidado.
A Mapa e sua contribuição para práticas de ESG eficazes
A Mapa, uma empresa de ciência e dados, oferece soluções abrangentes para entender a relação entre o ser humano e o trabalho. Nossas ferramentas incluem:
– Teste de Personalidade: Avaliado pelo CFP, nosso teste avalia construtos de personalidade relacionados a comportamentos de segurança, produtividade e relacionamento interpessoal. Ele auxilia na tomada de decisões embasadas e no planejamento de sucessão.
– Inventário de Avaliação de Risco Psicossocial: Este instrumento avalia os colaboradores considerando suas dimensões sociais, como situação familiar, qualidade de vida e saúde emocional.
ESG: a tendência que veio para ficar
Centenas de mudanças tecnológicas e econômicas se deram sem levar em conta fatores ambientais, sociais ou éticos. Com o passar do tempo, o trabalho forçado, a exploração ambiental desmedida e várias outras práticas deixaram de ser aceitáveis. O negócio do século XXI será cada vez mais cobrado por uma conduta nomeada como ESG.
ESG nada mais é do que a sigla para Environmental, Social and Governance, que, traduzida para o português, significa: Meio Ambiente, Social e Governança. Ela surgiu no mercado financeiro, em 2004, como uma maneira de medir o impacto que as ações de sustentabilidade trazem nos resultados das organizações.
Desde então, o termo se apresenta como os princípios que conferem à empresa uma espécie de “selo” de boas práticas sustentáveis. Ou seja, uma prática ESG é aquela que envolve questões ambientais, sociais e de governança como critérios de análise, pensando além das tradicionais métricas econômico-financeiras. Hoje em dia, uma empresa de sucesso apresenta uma visão holística, colocando em primeiro plano a construção de um mundo melhor.
Qual o papel do psicólogo nas práticas ESG?
O que as boas práticas têm em comum com a profissão de Psicologia? Antes de mais nada, vale mencionar que essa ligação diz muito do modo como a empresa atua em relação à sustentabilidade ambiental, social e econômica.
Por exemplo, a organização em que você trabalha usa tecnologias limpas, faz reciclagem ou se preocupa com a redução de emissão de carbono? As ações sustentáveis fazem parte do dia a dia? Entenda melhor:
Psicologia e o ambiente
A Psicologia pode ajudar a empresa a entender como as pessoas se relacionam com o ambiente, bem como a influência que ele exerce sobre elas e vice-versa. Um bom clima organizacional, por exemplo, contagia e melhora a interação e o relacionamento entre a equipe.
Relação indivíduo-sociedade
O psicólogo procura estudar a relação do indivíduo com a sociedade, como se forma a cultura, os valores e costumes. Assim, auxilia a empresa na criação de programas e ações de intervenção, melhorando a qualidade das relações no trabalho.
Diagnóstico organizacional
Ele também pode contribuir para o desenvolvimento de um diagnóstico organizacional, onde analisa a situação de todos os setores, identificando problemas e dificuldades. A partir daí, propõe as intervenções adequadas, como treinamentos, de acordo com o planejamento estratégico da gestão.
A ideia é influenciar a implementação de boas práticas que contenham uma postura ESG, sobretudo no que diz respeito à evolução e ao fortalecimento de uma cultura, a partir de uma gestão consciente do seu papel nesse contexto.
Saúde mental
Um dos fatores de preocupação relativo ao social é a saúde emocional dos funcionários. Empresas que se destacam no mercado estão revendo políticas de horas trabalhadas, pressão sobre resultados e interação com a liderança. Olhar para o bem-estar da equipe se mostra fundamental, principalmente neste momento pós-pandêmico.
Então, vale a pena incluir uma política de incentivo ao diálogo constante com a liderança. Essa comunicação deve ir além das entregas. O gestor, por exemplo, deve ter interesse em como o colaborador está se sentindo.
Veja no que mais a Psicologia pode contribuir por meio de sua atuação:
- No desenvolvimento e capacitação dos líderes;
- Na promoção da segurança psicológica no ambiente de trabalho;
- Na conscientização dos funcionários sobre diversidade, inclusão, acessibilidade e equidade de gênero;
- Promover boas relações entre líderes e liderados
- Nas boas políticas de remuneração, premiação e metas;
- Trabalhar na promoção de saúde mental, com acolhimento, tratamento, autocuidado e autoconhecimento;
- Minimizar fatores estressantes, como conflitos e jornadas excessivas;
- Em uma gestão de cultura por valores a favor da inovação e da sustentabilidade.
Em resumo, é possível contribuir com ações que reduzam as desigualdades – sociais, raciais e de gênero – e promovam mais equidade, de forma a criar um ambiente corporativo diverso, com transparência e honestidade nos negócios.
Olhar para a própria equipe como humanos – muito além de resultados – é um grande começo. Afinal, hoje em dia, não há mais espaço para empresas que miram somente o lucro. Ou seja, é preciso agir contribuindo para a construção de um local mais saudável e um mundo mais igualitário.
Como o Mapa contribui para a construção de um time com práticas ESG?
A Mapa é uma empresa de ciência e dados, que busca entender o ser humano e a sua relação com o trabalho. Trabalhamos com soluções que englobam liderança, cultura organizacional, segurança e prevenção de acidentes, saúde emocional e operações.
Teste de personalidade para as práticas ESG
O teste de personalidade Mapa, aprovado pelo CFP, por exemplo, avalia um conjunto de construtos organizadores da personalidade por meio de uma estrutura de fatores testada empiricamente no Brasil. Estes fatores estão relacionados a perfis de trabalho em empresas e incluem comportamentos de segurança, produtividade, relacionamento interpessoal e regulação emocional
Ao todo, são 48 traços da personalidade, trazendo uma análise que pode auxiliar na tomada de decisões dentro da empresa. Eles permitem que a organização tenha uma boa ideia de como o candidato irá se comportar em diversas situações. O RH pode usar características vistas nos testes para embasar um planejamento de sucessão ou programas de desenvolvimento.
Inventário
Além disso, temos o Inventário de Avaliação de Risco Psicossocial, um instrumento que avalia o sujeito por meio das dimensões sociais em que ele está inserido. Por exemplo, situação familiar, qualidade de vida, saúde e bem-estar.
Sabemos que aplicar os pilares ESG ainda é um grande desafio para grande parte das empresas. Isso porque a mudança parte de uma transformação na cultura organizacional, e uma instituição não muda sua forma de agir e de pensar se não estiver comprometida com isso. É preciso que aconteça o envolvimento de todos, a começar pelas lideranças, pelos grandes executivos.
Mas nós podemos te ajudar. Acreditamos que, por meio de uma metodologia completa e de um diagnóstico organizacional profundo, é possível construir uma base de informações sólida para entender seus colaboradores e o cenário atual.