Atos inseguros x condições inseguras
Você sabia que, de acordo com pesquisas, 20% dos acidentes de trabalho nas empresas se devem a condições inseguras? E que outros 80% das lesões em serviço são fruto de atos inseguros da equipe?
Sim. Seja por fatores pessoais, como distração, suscetibilidade de se envolver em situações de risco e doenças ocupacionais. Ou por questões da própria empresa, como maquinário e falta de equipamentos de proteção, o fato é que é preciso adotar ações para garantir a segurança no trabalho.
Caso contrário, as empresas só têm a perder. Os acidentes, além de causarem danos para os acidentados, ainda geram custos altos. Para se ter uma ideia, o custo dos acidentes e doenças do trabalho no Brasil é de R$72 bilhões por ano. Isso quer dizer quase 9% da folha salarial do País. Esse gasto engloba custos com hospitais, multas, reparo de máquinas etc. Ou seja, trabalhar em prol da segurança é um investimento.
A boa notícia é que estamos aqui para te ajudar. No artigo de hoje, você vai entender as principais diferenças entre atos inseguros e condições inseguras. Mas, mais do que isso, vai conhecer uma ferramenta capaz de perceber riscos de acidente de trabalho. Com dados seguros em mãos, a empresa consegue planejar ações eficazes para diminuir o grau de risco e se destacar no mercado. Vamos lá?
O que são atos inseguros?
Não existem dúvidas acerca do papel das empresas quanto à segurança e integridade de sua equipe. Nesse sentido, é preciso entender quais são os principais agentes que causam acidentes, doenças do trabalho e ocupacionais para, assim, implantar ações. Entre os mais usuais, estão os atos inseguros e a condições inseguras.
A princípio, os atos inseguros são condutas onde as pessoas se expõem aos riscos de acidentes de trabalho. Nesses casos, eles desrespeitam a uma regra ou ordem, expondo-se a perigos. Sendo assim, muitas vezes, causam acidentes e lesões.
Exemplos de atos inseguros
Sabe aquele perfil que não usa os Equipamentos de Proteção Individual? Ou aquele que usa máquinas de forma improvisada? Esses são apenas alguns exemplos que se enquadram no que chamamos de atos inseguros. Porém, veja outros exemplos:
- Falta de atenção na hora de exercer as tarefas;
- Fazer higienização da máquina enquanto está em movimento;
- Fazer uso de entorpecentes durante o horário de serviço;
- Manusear máquinas sem habilitação para tal fim;
- Por fim, operar uma máquina em velocidade distinta daquela para a qual ela foi projetada etc.
O que são condições inseguras?
As condições inseguras, por sua vez, falam sobre as falhas no ambiente laboral. Essas trazem impactos na segurança, podendo causar um acidente. Ao contrário dos riscos ocupacionais que abrangem certas tarefas, como a eletricidade, as condições inseguras dizem respeito a uma inadequação das normas e equipamentos.
Pode-se dizer, em outros termos, que se trata de uma condição física perigosa ou de uma circunstância que pode contribuir para a ocorrência de um acidente de trabalho. Para entender melhor, basta pensar em uma empresa onde não há dispositivos ou sequer regras de segurança. Ou mesmo naquela empresa que possui falhas nas estruturas físicas ou baixa iluminação. Então, veja mais exemplos de condições inseguras:
- Máquinas com defeitos;
- Excesso de ruído;
- Manutenção inadequada dos equipamentos;
- Proteção insuficiente;
- Limpeza abaixo do padrão de qualidade;
- Falta de sinalização, entre outros.
Como aumentar a segurança diante de atos inseguros e condições inseguras?
Sabendo disso, uma das melhores formas de proteger a equipe é investir em capacitação. O profissional precisa entender, por exemplo, que a empresa leva a sério a sua saúde. O que mais é possível fazer?
Diagnosticar os riscos
Isso significa entender a forma como o trabalho está sendo organizado, quais são as condições do ambiente, bem como os equipamentos usados no dia a dia e os agentes biológicos/químicos/ergonômicos. É preciso, ainda, entender: quais são as condições que vêm favorecendo a ocorrência de acidentes? A partir daí, monitorá-las, com ações para diminuir os riscos.
Promover e fiscalizar o uso correto dos EPIs
A organização tem a obrigação de oferecer equipamentos de proteção individual aos colaboradores em perfeitas condições de uso, de acordo com o risco de sua atividade. Mais do que isso, é preciso mostrar ao profissional como se utiliza, de acordo com as normas regulamentadoras, e fiscalizar o uso no dia a dia.
Criar uma comissão de prevenção de acidentes
Empresas maiores, que são destaque no mercado no quesito segurança, têm o costume de criar uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). O objetivo é informar e conscientizar a equipe sobre as Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no ambiente laboral. Além do mais, essa comissão estuda o local de trabalho a fim de descobrir eventuais riscos, de forma a promover ações preventivas.
Treinar e capacitar o time
Como dito, investir em capacitação é sempre uma boa opção. Os funcionários treinados tendem a desenvolver suas tarefas de forma adequada. Isso porque aprendem mais sobre a cultura da empresa, se sentindo valorizados ao ver que a gestão se preocupa com o seu bem-estar. Mas se você chegou até aqui pode não saber bem por onde começar. Que tal ter uma ajuda?
O teste de personalidade Mapa
O Método de Avaliação de Pessoas – Mapa foi desenvolvido tendo como base construtos organizadores da personalidade ligados às demandas no mundo do trabalho. Por exemplo, as características que são observadas como essenciais para as funções operacionais, dos gestores e administradores de uma empresa. No caso do Mapa, entende-se que essas características relacionam-se a traços de personalidade que são construídos na interação da pessoa com o ambiente em que vive e trabalha.
Nesse sentido, o teste é uma escala de autorrelato, com 14 escalas subdivididas em 48 dimensões que avaliam os construtos organizadores da personalidade. O teste avalia características esperadas ou desejáveis, bem como características indesejáveis ou prejudiciais. Mas por que estamos falando isso? Porque o Mapa também faz avaliação de risco, o que pode te ajudar a traçar ações para prevenir acidentes de trabalho. Veja só.
Avaliação de risco
A escala de risco do nosso teste é uma escala que verifica a suscetibilidade da pessoa de envolver-se em situações de perigo. Sendo assim, o colaborador se dispõe a encarar o perigo pelo prazer da aventura e gosto pelo risco, mostrando-se atirado e valente para viver emoções perigosas e sensação de velocidade.
A análise de risco no Mapa, aprovado pelo CFP, leva em conta o desenvolvimento das habilidades corporais. Nesse sentido, o foco é no desenvolvimento psicomotor associado e à motricidade grossa, cujo desfecho na vida adulta é a facilitação de processos corporais globais e manuais que culminam na redução do risco físico. Com esse tipo de teste em mãos, é possível ter boas contratações e até mesmo treinar perfis que tenham tais características. Por fim, ficou com alguma dúvida?