Checklist para o gerenciamento de riscos psicossociais: 10 coisas que sua empresa precisa ter

Com a entrada em vigor da nova NR-01, o gerenciamento de riscos psicossociais se tornou uma exigência formal em todas as empresas brasileiras. Mas o que exatamente sua organização precisa ter para garantir conformidade com a lei e promover um ambiente de trabalho seguro e saudável?
Confira abaixo um checklist completo com os 10 principais elementos que devem estar presentes em qualquer processo eficaz de gestão de riscos psicossociais — com destaque para soluções práticas e validadas como o Inventário Psicossocial da Mapa HDS.
✅ 1. Inventário Psicossocial estruturado
O inventário é o ponto de partida para o gerenciamento de riscos psicossociais. Ele precisa ir além de uma lista genérica de estressores do ambiente de trabalho. Deve conter uma identificação precisa de riscos presentes nos contextos ocupacionais, classificação de severidade, grau de exposição dos trabalhadores e uma análise técnica que embasa todas as informações apresentadas.
Para que esse inventário tenha validade e utilidade prática, ele deve ser elaborado com instrumentos psicologicamente válidos, com responsabilidade técnica e base científica. Além disso, precisa estar em formato digital, acessível e integrado ao Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). O ideal é que ele traga uma visualização clara dos dados e ofereça insumos para ações preventivas e corretivas.
Vale lembrar que o inventário psicossocial deve estar disponível para auditorias, fiscalizações e revisões internas, sendo revisado periodicamente. Em outras palavras, é muito mais que uma formalidade: é um documento vivo, essencial para a segurança jurídica da empresa e o bem-estar dos colaboradores.
✅ 2. Diagnóstico baseado em dados
Um dos maiores erros cometidos por empresas é basear seu diagnóstico de riscos psicossociais em suposições ou achismos. A NR-01 é clara: o gerenciamento de riscos deve ser embasado em ferramentas que gerem dados concretos, objetivos e mensuráveis. Isso significa que a coleta de informações deve ser realizada por meio de instrumentos psicométricos válidos, com base estatística e rigor técnico.
Ao identificar os fatores psicossociais que afetam o ambiente de trabalho — como sobrecarga, assédio moral, pressão por resultados, falta de apoio da liderança ou clima organizacional tóxico — a empresa consegue visualizar padrões de risco que, se não forem tratados, podem resultar em adoecimentos, absenteísmo, turnover ou processos trabalhistas.
Além disso, um diagnóstico bem-feito permite o cruzamento de dados com outras áreas, como absenteísmo, acidentes, clima e desempenho. Dessa forma, a empresa deixa de trabalhar no escuro e passa a adotar medidas realmente eficazes, com foco em prevenção.
✅ 3. Análise de causas
Identificar riscos é importante, mas entender por que eles estão acontecendo é essencial. A NR-01 determina que o gerenciamento de riscos deve incluir não apenas a identificação dos fatores psicossociais, mas também a análise de suas causas e origens. Isso significa que a empresa precisa ir além da superfície e compreender o contexto que favorece ou mantém esses riscos no ambiente de trabalho.
Por exemplo, se há alta rotatividade em um setor, será que o problema está na liderança, na cultura, na sobrecarga ou na falta de autonomia? Uma simples planilha ou questionário superficial dificilmente revelará essas respostas com profundidade. É preciso aplicar metodologias específicas, como entrevistas, análise de indicadores históricos e aplicação de instrumentos psicossociais com base científica.
A análise de causas permite que o plano de ação seja direcionado e assertivo, evitando desperdício de tempo e recursos com intervenções genéricas. Além disso, demonstra à fiscalização e aos stakeholders que a empresa realmente se preocupa em resolver os problemas — e não apenas cumprir uma exigência legal.
✅ 4. Participação ativa dos trabalhadores
A gestão de riscos psicossociais não deve ser feita apenas “de cima para baixo”. Para ser eficaz, ela precisa contar com a participação ativa dos trabalhadores. Isso envolve escuta, diálogo, confiança e transparência ao longo de todo o processo. Afinal, são os próprios colaboradores que vivenciam, no dia a dia, os impactos dos fatores psicossociais no ambiente de trabalho.
A NR-01 valoriza essa participação. O envolvimento dos trabalhadores fortalece o diagnóstico, contribui para a análise de causas e ainda aumenta a aderência aos planos de ação. Quando as pessoas sentem que suas vozes são ouvidas, elas se tornam agentes da mudança — e não apenas objetos de avaliação.
É importante criar canais seguros e acolhedores para essa escuta. Aplicação anônima de instrumentos, rodas de conversa, comitês de bem-estar ou mesmo mecanismos de denúncia podem ser utilizados para esse fim. Empresas que integram as pessoas no processo constroem culturas mais saudáveis, produtivas e sustentáveis.
Confira: Qual a importância da saúde mental no trabalho? Entenda!
✅ 5. Responsabilidade técnica
A responsabilidade técnica é um dos pilares do gerenciamento de riscos psicossociais. Ela garante que os instrumentos aplicados são válidos, que os dados coletados são confiáveis e que as análises respeitam critérios éticos e científicos. A NR-01 é clara ao afirmar que os profissionais responsáveis pela avaliação devem ter formação adequada e registro em conselho de classe.
No caso dos riscos psicossociais, essa responsabilidade normalmente recai sobre psicólogos do trabalho, ergonomistas, engenheiros de segurança do trabalho e médicos do trabalho — desde que capacitados para essa abordagem. A aplicação de instrumentos sem validade científica ou por profissionais não habilitados pode comprometer a eficácia do diagnóstico e colocar a empresa em risco jurídico.
Mais do que uma exigência legal, a responsabilidade técnica assegura que a empresa está trabalhando com instrumentos confiáveis, com validade psicométrica e respaldo metodológico, evitando interpretações errôneas ou decisões equivocadas com base em dados frágeis.
✅ 6. Plano de ação preventivo e corretivo
Não basta identificar os riscos e entender suas causas. A empresa precisa atuar — e de forma estruturada. O plano de ação é a resposta concreta da organização diante dos dados obtidos no diagnóstico psicossocial. Ele deve contemplar tanto ações preventivas, que evitem o agravamento dos riscos, quanto ações corretivas, voltadas para resolução de situações já instaladas.
O plano deve ser construído com base em prioridades, levando em conta o nível de severidade dos riscos e o grau de exposição dos trabalhadores. Além disso, precisa ter prazos, responsáveis e indicadores de acompanhamento claros.
A NR-01 reforça que o gerenciamento de riscos é um processo contínuo, e o plano de ação deve ser atualizado sempre que houver mudanças nos processos, ambientes ou organização do trabalho. Ter um plano sólido também transmite segurança jurídica à empresa, mostrando à fiscalização que há comprometimento genuíno com a saúde e segurança dos trabalhadores.
✅ 7. Acompanhamento contínuo
O gerenciamento de riscos psicossociais não termina com a entrega do inventário ou a elaboração de um plano de ação. A NR-01 exige um processo contínuo de monitoramento, com revisões periódicas sempre que houver mudanças no ambiente, nas atividades ou na organização do trabalho. Isso significa que a empresa precisa implementar um sistema que permita acompanhar a evolução dos riscos ao longo do tempo.
Esse acompanhamento envolve a análise de novos dados, a reavaliação de riscos já identificados e a verificação da efetividade das ações adotadas. Também é importante atualizar os responsáveis e manter uma comunicação clara com as lideranças e os trabalhadores, reforçando o papel de todos na construção de um ambiente mais seguro.
Empresas que mantêm o gerenciamento de forma ativa conseguem atuar preventivamente, evitar reincidência de problemas e demonstrar compromisso real com a saúde emocional dos colaboradores, o que fortalece a cultura organizacional e reduz passivos trabalhistas.
✅ 8. Integração com o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO)
Com a reformulação da NR-01, a gestão de riscos psicossociais passa a integrar formalmente o GRO – Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Isso significa que os riscos relacionados à saúde mental e emocional dos trabalhadores devem ser considerados com o mesmo nível de atenção dos riscos físicos, químicos ou ergonômicos.
Na prática, o inventário psicossocial precisa dialogar com os demais documentos da área de segurança do trabalho, como o inventário de riscos ambientais, o PGR e o PCMSO. Todos os dados devem se conversar, gerando uma visão mais ampla, estratégica e sistêmica dos riscos presentes no ambiente de trabalho.
Ao integrar os fatores psicossociais ao GRO, a empresa promove decisões mais assertivas, intervenções mais eficazes e um alinhamento mais claro entre saúde ocupacional, RH e lideranças. Essa integração também facilita o trabalho em auditorias e inspeções, ao apresentar um sistema unificado e bem estruturado de gestão de riscos.
✅ 9. Treinamento de lideranças
Lideranças despreparadas podem ser fonte direta de adoecimento emocional. Muitas vezes, o risco psicossocial nasce da forma como o trabalho é conduzido, como os conflitos são geridos, como a cobrança é feita ou como a equipe se sente acolhida. Por isso, treinar líderes é uma etapa estratégica no gerenciamento de riscos psicossociais.
A NR-01 não exige diretamente o treinamento de gestores, mas ela cobra a implementação de ações efetivas para prevenir e controlar os riscos identificados — e isso passa inevitavelmente pelas lideranças. É fundamental que os gestores compreendam o que são riscos psicossociais, como identificar sinais de alerta e como adotar posturas que favoreçam um ambiente saudável.
Investir em capacitação também fortalece a cultura de segurança, cria uma linguagem comum entre as equipes e melhora o clima organizacional. Líderes preparados são aliados na redução de riscos, na retenção de talentos e na promoção de um ambiente de trabalho mais empático, produtivo e seguro.
Veja: O impacto do excesso de carga de trabalho na saúde dos trabalhadores
✅ 10. Documentação acessível para auditorias
Por fim, todo o processo de gerenciamento de riscos psicossociais precisa ser documentado, armazenado e facilmente acessado em caso de auditorias, fiscalizações ou revisões internas. A NR-01 determina que os documentos técnicos, como o inventário psicossocial e os planos de ação, devem estar disponíveis para consulta sempre que solicitados.
Isso exige organização, atualização frequente e uso de ferramentas adequadas. Manter planilhas dispersas, arquivos físicos ou documentos desconectados entre si pode dificultar muito esse processo. O ideal é adotar plataformas digitais que concentrem todas as informações em um único local, com acesso controlado e histórico de atualizações.
Uma documentação bem gerida transmite seriedade e preparo. Além disso, protege a empresa em eventuais situações jurídicas ou trabalhistas. Mais do que cumprir a norma, manter a documentação acessível é um passo essencial para garantir transparência, rastreabilidade e continuidade nas ações voltadas à saúde mental e segurança do trabalho.
Conheça o Inventário Psicossocial da Mapa HDS
A Mapa HDS é referência nacional em avaliação de pessoas e gestão de saúde emocional no ambiente de trabalho. Com mais de 13 anos de atuação e mais de 8.500 pessoas avaliadas em todo o país, a empresa desenvolveu um Inventário Psicossocial 100% online, que atende todos os requisitos da nova NR-01.
O grande diferencial do inventário da Mapa está na sua profundidade técnica e usabilidade prática. A ferramenta permite mapear os principais riscos psicossociais com base em evidências científicas, considerando o grau de severidade, a exposição dos trabalhadores e a análise das causas organizacionais desses riscos. Os resultados são apresentados em painéis visuais e relatórios personalizados, facilitando a tomada de decisão e a comunicação com os diferentes setores da empresa.
Outro ponto forte é a integração com os programas de SST e com o PGR, permitindo alinhar os dados psicossociais com os demais riscos ocupacionais. Além disso, a Mapa oferece suporte técnico com profissionais especializados e treinamentos complementares para lideranças, fortalecendo a estratégia de prevenção e o engajamento interno.
Com a aproximação do prazo de adequação à NR-01 (maio de 2025), contar com um parceiro que una ciência, tecnologia e experiência no assunto é o caminho mais seguro para garantir conformidade, evitar penalidades e, principalmente, proteger quem faz a sua empresa acontecer.
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