Saúde emocional e riscos psicossociais no trabalho
Cargas excessivas no ambiente corporativo, longas jornadas, falta de clareza, ausência de autonomia, local insalubre e má gestão. Esses são apenas alguns exemplos do que chamamos de riscos psicossociais no trabalho.
Com o passar do tempo, esses riscos podem acabar gerando doenças laborais. Podemos citar, por exemplo, a o Burnout, a depressão e a ansiedade.
Tais doenças prejudicam o colaborador, que sofre com os danos. Da mesma forma como a empresa, que pode enfrentar problemas como queda de produção e turnover.
Sabendo disso, qual o papel da empresa? Em resumo, consiste em ficar atenta para evitar que a sua equipe abale a saúde física e emocional devido a deficiências na gestão do trabalho. Mas como?
Se você tem essa dúvida, não se preocupe.
A Mapa é uma empresa que busca entender pessoas através de ciência e dados. Sabemos o quão crucial é o cuidado com o bem-estar de forma geral.
Por isso, o nosso trabalho é ajudar empresas com uma solução completa de diagnóstico, algo que somos experts no Brasil. Clique aqui e receba uma apresentação!
O que são riscos psicossociais no trabalho
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), os riscos psicossociais são todos aqueles fatores que englobam o local de trabalho. Entre eles, por exemplo, o clima organizacional e as relações.
Em outras palavras, os riscos podem contribuir ou causar estresse e adoecimento mental à equipe. Além dos exemplos citados, eles também são fruto da:
- exigência dos líderes ou da gestão de pessoas;
- falta de participação na tomada de decisões;
- insegurança laboral;
- comunicação falha;
- falta de apoio nas demandas;
- assédio psicológico ou sexual e violência de terceiros;
- ameaça de desemprego;
- ausência de benefícios;
- abuso psicológico;
- falta de ética etc.
Causas
Podemos dizer que a maioria dos riscos psicossociais no trabalho tem a ver com a otimização do tempo, com a estrutura organizacional e com as tarefas.
Nesse sentido, prazos enxutos para execução, excesso de horas extras e mudanças constantes no horário de trabalho contribuem para um contexto de trabalho problemático. E isso pode, por exemplo, ter efeitos negativos a nível psicológico, físico e social.
Da mesma maneira,
- a ausência de objetividade na gestão de pessoas;
- a falta de plano de carreira, o excesso de autoritarismo;
- a falta de recompensa;
- e conflitos são fatores que podem prejudicar o desempenho e o desenvolvimento pessoal.
Por fim, já pensou trabalhar com um ritmo acelerado, sob pressão e com exigências excessivas? Então, a chance de ficar doente e incapaz de trabalhar de forma assertiva aumenta. Isso acontece também se a pessoa se submete, por exemplo, a longas jornadas e sob alta concentração sem tempo para descanso.
Como os riscos psicossociais prejudicam a empresa
É claro que a exposição ao risco traz malefícios para o colaborador. Porém, se engana quem pensa que a empresa também não sai perdendo com isso.
Por exemplo, a Organização Mundial da Saúde, aponta mais de 300 milhões de pessoas com depressão no mundo. Uma doença que, inclusive, incapacitou os trabalhadores em 2020, desde o início da pandemia. O prejuízo foi de quase um trilhão por ano devido à baixa produção. Isso sem falar dos custos extras com consultas médicas, remédios, acompanhamento psicológico e internações.
E pasmem: a pesquisa mostrou que somente a metade dessas pessoas recebeu tratamento correto, mesmo com um déficit absurdo. Isso demonstra a falta de conscientização das empresas em relação aos riscos e doenças. E, ainda, uma gestão de pessoas ineficiente, já que não se preocupa com o ritmo de produção e com a retenção de talentos.
Outros efeitos negativos
Além de diminuir a produção, os efeitos negativos englobam:
- Fraco desempenho geral da empresa;
- Aumento do absenteísmo (faltas no trabalho, atrasos etc);
- Aumento do presenteísmo (quando o colaborador está presente, mas não consegue fazer suas tarefas de modo eficaz);
- Mudanças de comportamento na equipe (começam a aparecer reclamações ou confrontos com as chefias);
- Taxas maiores de acidentes e lesões (desatenção e pequenos erros podem levar a acidentes).
O colaborador, quando se vê perante condições de muito estresse, pode se sentir mais vulnerável ao sofrimento. E, assim, desenvolver fobias, depressão e outras doenças.
Pensando nisso, identificar os riscos psicossociais no trabalho é essencial para construir um ambiente saudável. Mais do que isso, as empresas devem trabalhar com ações preventivas. O objetivo é evitar que tais problemas afetem a saúde física e mental da equipe.
Como prevenir ou reduzir os riscos no trabalho?
Que tal entender a sua equipe? Hoje em dia, há ferramentas que permitem entender o perfil de cada um. Da mesma forma como saber o modo como a pessoa se comporta em situações de pressão. Será que aquele perfil tem dificuldade em cumprir prazos? Quais as suas características?
O teste de personalidade Mapa, por exemplo, pode auxiliar a preservar a saúde emocional no trabalho. Afinal, o teste avalia taxas de estresse e ansiedade sem deixar de levar em conta o contexto. Assim, é possível entender quais aspectos estão alterados para obter informações para a promoção de medidas.
A avaliação permite analisar pontos de vulnerabilidade e pontos de força, por exemplo. Analisa, ainda, possíveis mecanismos de estratégia e suporte que cada pessoa possui para lidar com as adversidades da vida diária.
Da mesma forma, os fatores psicossociais mostram o que pode impactar o profissional no contexto em que se encontra. Essa análise é feita levando em conta as particularidades de sua atividade, o seu gênero profissional, bem como as suas relações sociais e familiares.
Todos esses dados podem ser usados de forma a fundamentar a implantação de políticas de cuidado, prevenção e promoção à saúde emocional no trabalho.
E depois da avaliação?
Depois da aplicação do teste, vem o momento de agir e buscar reverter o quadro de riscos.
Veja alguns benefícios que a sua empresa pode oferecer:
- Sessões de terapia e consultas com especialistas da área da saúde;
- Práticas como meditação, ioga e ginástica laboral;
- Terapias como acupuntura e reiki;
- Benefícios como premiação para o destaque do mês, plano de saúde e odontológico;
- Plano de carreira funcional;
- Bom clima organizacional;
- Cultura de feedback, com incentivo ao diálogo;
- Treinamentos, de forma a aumentar as habilidades e, até mesmo, a inteligência emocional da equipe;
- Por fim, descontos em cursos, faculdades, academia e farmácias para aumentar o senso de valorização.
Como vimos, os riscos psicossociais no trabalho podem causar transtornos mentais e até mesmo acidentes. Mas há formas de reduzi-los por meio dos programas de benefícios em saúde e da avaliação psicológica.
Então, lembre-se: profissionais que são incentivados a cuidar da saúde sentem que são valorizados. Assim, participam mais e conseguem maior equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional.
Por fim, cuide da sua equipe e seja assertivo nos processos de RH.