Grau de risco 4: o que é? 5 estratégias para prevenir acidentes

Os colaboradores de uma empresa estão sempre sujeitos a perigos no ambiente de trabalho, sejam físicos, ergonômicos, biológicos, químicos ou acidentais. Entre as classificações, o grau de risco 4 demanda mais atenção devido às obrigações legais.
Essas condições podem, até mesmo, comprometer o emocional do indivíduo. Cerca de 43% dos empregados relatam sintomas de ansiedade ou depressão, com os mais jovens e os de menor renda entre os principais afetados, diz Pesquisa Global de Atitudes sobre Benefícios.
Diante desse cenário, o que pode ser feito para prevenir e garantir a segurança?
Neste artigo, descubra quais são os 4 graus de riscos e as melhores estratégias para evitar essas circunstâncias.
Quais são os 4 graus de riscos?
Segundo a Norma Regulamentadora 4 (NR-4), os 4 graus de riscos são:
- grau 1 (GR1): baixa probabilidade de ocorrer um acidente de trabalho;
- grau 2 (GR2): tarefas com riscos moderados, como dores nas costas e LER;
- grau 3 (GR3): apresenta perigos constantes, como em serviços de transporte;
- grau 4 (GR4): funcionários ficam expostos a situações graves na rotina.
Dessa forma, quanto maior o nível, mais responsabilidades jurídicas a corporação assume. Por exemplo, uma papelaria não enfrenta os mesmos riscos que uma clínica médica, o que implica diferentes medidas operacionais.
Essas questões têm como base a atividade principal de cada negócio, conforme a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).
O que significa risco 4?
O risco 4 no trabalho abrange situações com alto potencial de causar danos sérios à saúde ou à integridade física, como quedas, choques elétricos, golpes por ferramentas, esmagamento e contusão. Atividades de extração de petróleo, coleta de esgoto, demolição e mineração de radioativos estão entre as mais perigosas.
Dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho registram mais de 8 mil acidentes de operários com carteira assinada desde 2012, além de óbitos a cada 3h e 47min.
O grau de risco 4 prejudica principalmente os seguintes setores:
- empresas de construção civil: devido a tarefas em locais altos e com maquinário pesado;
- hospitais: riscos biológicos, químicos e físicos;
- indústrias extrativas: pode envolver desabamentos, incêndios, radiação e materiais perigosos;
- indústrias de transformação: com o manuseio de substâncias tóxicas e explosivas;
- produção florestal: especialmente em derrubadas de árvores e com a exposição a elementos naturais.
Organizações como essas precisam seguir regras específicas, como instituir o SESMT.
O que é SESMT?
O SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) é uma equipe de especialistas que atua em ambientes laborais para executar e monitorar medidas de proteção e saúde.
De acordo com a NR-4, é obrigatório para empresas públicas e privadas, órgãos governamentais e instituições que tenham empregados no regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Sobre o grau de risco 4, a norma estabelece um SESMT mais robusto, com a presença de profissionais capacitados para lidar com ameaças graves. O time deve incluir, por exemplo:
- engenheiros de segurança do trabalho;
- médicos para monitorar a saúde dos colaboradores;
- enfermeiros para suporte imediato em emergências;
- técnicos de segurança;
- assistentes sociais que auxiliam no bem-estar e em programas de suporte psicossocial.
Saber o que significa o risco 4 é essencial para desenvolver abordagens que minimizem os acidentes, reduzam multas e garantam um local agradável. Afinal, 83% sairiam de uma companhia que não prioriza a qualidade de vida dos funcionários, segundo pesquisa da Wellhub.
Como prevenir acidentes no trabalho?
Ao identificar o grau de risco 4, gestores podem adotar estratégias para evitar acidentes na organização e estabelecer uma cultura que coloca a saúde do colaborador em primeiro lugar.
A seguir, confira 5 dicas para implementar no seu negócio!
1. Fiscalizar o uso de EPIs
Os acidentes de trabalho mais frequentes envolvem a falta ou o uso inadequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Portanto, a gestão não deve apenas fornecê-los, mas também treinar a equipe sobre o manuseio correto.
Caso identifique esse problema, é crucial investigar a causa e refletir se há uma falha na organização que afeta o comportamento geral.
Lembre-se de que é necessário oferecer luvas, capacetes, máscaras e até mesmo calçados e óculos protetores para os profissionais utilizarem em situações específicas.
Leia também: Acidente típico e atípico: entenda as diferenças e como prevenir
2. Manter o ambiente salubre e limpo
A limpeza do espaço corporativo é um aspecto fundamental. Algumas atividades expõem os trabalhadores a agentes nocivos à saúde, e um local insalubre pode aumentar as chances de alergias, infecções e outras doenças.
Manter o local sem sujeira e organizado é importante para manter a segurança. Uma boa higienização não só previne condições físicas, como também promove o bem-estar e contribui para a conservação dos materiais e ferramentas.
3. Fazer manutenção de maquinários
Máquinas e equipamentos representam a maioria dos acidentes de trabalho no Brasil, com 15% do total, aponta o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho.
A falta de manutenção dos instrumentos pode influenciar os riscos físicos e ainda impactar a produtividade da empresa. Quando o aparelho fica parado, não é possível trabalhar, o que gera prejuízos de tempo e resultados.
4. Invista em treinamentos para a equipe
Capacitar operadores de maquinário é indispensável para assegurar a qualidade das tarefas e evitar acidentes de grau de risco 4. Atualmente, é possível até mesmo disponibilizar treinamentos online, conforme a complexidade dos conteúdos.
Esses cursos têm prazos de validade, o que exige atenção para realizar reciclagens sempre que necessário. Atualizar os profissionais sobre normas e boas práticas deve fazer parte da cultura organizacional e reforçar o compromisso com a segurança.
5. Ofereça programas de prevenção
Programas de prevenção também contribuem para um espaço mais protegido e produtivo. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA), por exemplo, informa e conscientiza os empregados sobre as Normas Regulamentadoras e rotinas saudáveis no trabalho.
Essas são apenas algumas estratégias para promover a saúde da sua equipe. No entanto, surge a questão: como entender as necessidades dos profissionais para proporcionar um ambiente realmente seguro?
Saiba mais: Prevenção de riscos psicossociais: o que é? Como implementar?
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A metodologia analisa aspectos emocionais e físicos que podem determinar comportamentos descuidados, como vulnerabilidade, desânimo, ansiedade ou consumo excessivo de álcool.
Além disso, a avaliação verifica com profundidade a disposição física e habilidades individuais, o que gera informações valiosas sobre potenciais e pontos de melhoria para cada colaborador.
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