Risco psicossocial: por que avaliar nas empresas?

risco psicossocial

Muitas vezes, o ambiente de trabalho ignora o risco psicossocial, que se revela em excessos, falta de reconhecimento e relações desgastadas — fatores que comprometem a qualidade de vida e o clima organizacional.

Entender o que representa esse tipo de ameaça à saúde emocional e por que avaliá-la é essencial para prevenir adoecimentos, fortalecer a motivação e construir uma cultura mais saudável e produtiva.

Quer saber como identificar riscos psicossociais e agir antes que afetem sua equipe? Neste artigo, você confere os principais sinais de alerta e o que a empresa pode fazer para prevenir.

Acompanhe e veja como investir no equilíbrio mental da equipe também é uma estratégia inteligente de gestão.

Neste conteúdo, você confere:

  • o que são riscos psicossociais;
  • principais fatores de risco psicossocial no ambiente de trabalho;
  • por que avaliar o risco psicossocial é tão importante;
  • como prevenir e gerir riscos psicossociais no ambiente de trabalho;
  • transforme a gestão do risco psicossocial com a Mapa HDS.

O que são riscos psicossociais?

Riscos psicossociais são condições do ambiente de trabalho que afetam a saúde mental, emocional e social dos trabalhadores. Envolvem fatores organizacionais, sociais e interpessoais, com impacto direto na qualidade de vida e nas relações profissionais. Avaliá-los é fundamental para construir um ambiente mais equilibrado e eficiente.

Quais os principais fatores de risco psicossocial no ambiente de trabalho?

Os fatores de risco psicossocial interferem na saúde e no clima de trabalho, mesmo sem sinais evidentes. Confira os principais que exigem atenção nas empresas.

1. Carga de trabalho excessiva

Demandas altas e prazos curtos geram sobrecarga, estresse e sensação constante de exaustão. Esse ritmo, mantido por longos períodos, prejudica tanto o desempenho quanto a saúde dos profissionais.

2. Falta de autonomia

A ausência de controle sobre as próprias tarefas gera frustração e sentimento de impotência. Ter autonomia no trabalho é importante para a construção da autoconfiança e da motivação.

3. Ambiente hostil

Conflitos frequentes, assédio, discriminação e outros comportamentos negativos criam um clima de tensão e insegurança, além de afetar diretamente a saúde emocional e a convivência entre colegas.

4. Insegurança no emprego

A instabilidade profissional, seja por reestruturações internas ou falta de clareza sobre o futuro, contribui para o aumento da ansiedade e da preocupação constante.

5. Falta de reconhecimento

Quando a empresa ignora o esforço e os resultados do time, o desânimo cresce. Valorizar conquistas fortalece o engajamento e o sentimento de pertencimento.

Veja também: Como manter o engajamento do colaborador por meio de treinamentos?

6. Desequilíbrio entre vida pessoal e profissional

Se as responsabilidades profissionais invadem o tempo pessoal, o cansaço emocional e a sobrecarga se tornam inevitáveis. Respeitar esse equilíbrio é fundamental para manter a saúde mental em dia.

Ao observar esses fatores, as empresas conseguem atuar de forma mais consciente na promoção de ambientes mais humanos, respeitosos e sustentáveis.

Por que avaliar o risco psicossocial é tão importante?

Avaliar o risco psicossocial no ambiente de trabalho vai muito além de cumprir uma obrigação legal — é um passo fundamental para cuidar das pessoas e fortalecer a cultura organizacional

Quando a empresa reconhece os fatores que impactam a saúde mental dos empregados, torna-se mais preparada para agir com responsabilidade e eficiência. A seguir, confira os principais motivos que reforçam a importância dessa avaliação.

1. Prevenção de problemas de saúde mental

Identificar condições que causam estresse, ansiedade ou desmotivação permite uma atuação preventiva da organização, com ações focadas na saúde emocional e no bem-estar dos profissionais, o que evita o agravamento de situações silenciosas.

2. Melhoria do ambiente de trabalho

A avaliação dos riscos psicossociais contribui para a construção de um ambiente mais respeitoso, colaborativo e equilibrado. 

Promover a harmonia nas relações, valorizar o trabalho em equipe e estimular o equilíbrio entre vida pessoal e profissional fortalece a qualidade das experiências no dia a dia.

3. Redução do absenteísmo e do presenteísmo

Trabalhadores afetados por questões emocionais tendem a faltar mais ou a ter queda de produtividade. Ao mapear e enfrentar esses fatores, a empresa contribui para a continuidade do trabalho com mais engajamento e eficiência.

4. Atendimento às exigências legais

Muitas legislações já exigem a identificação e o controle de riscos psicossociais. Fazer essa avaliação demonstra o compromisso da empresa com a segurança e a saúde no trabalho, além de minimizar eventuais penalidades.

5. Retenção e atração de talentos

Empresas que cuidam da saúde mental ganham a confiança dos empregados e se tornam mais atrativas para novos talentos. Um ambiente acolhedor e seguro contribui para manter profissionais motivados, comprometidos e satisfeitos.

6. Fortalecimento do clima organizacional

Ao compreender os aspectos que influenciam negativamente o clima interno, é possível agir com mais assertividade. A avaliação do risco psicossocial promove uma cultura baseada no respeito, na escuta ativa e no apoio mútuo.

Confira também: Alerta de risco psicossocial: Brasil é o 4º país mais estressado do mundo!

Como prevenir e gerir riscos psicossociais no ambiente de trabalho?

Prevenir e lidar com riscos psicossociais requer atenção constante e práticas adaptadas à realidade de cada equipe. Conheça algumas abordagens eficazes para esse desafio:

1. Aplicação de questionários e pesquisas internas

Ferramentas como formulários anônimos ajudam a entender como os profissionais percebem o ambiente de trabalho. A empresa consegue avaliar fatores como carga de trabalho, reconhecimento, autonomia e relacionamento entre equipes.

Por exemplo, implementar uma pesquisa anual de clima organizacional com abordagem específica em saúde emocional e qualidade das relações interpessoais.

2. Entrevistas e rodas de conversa

Conversas individuais ou em grupo fortalecem o vínculo com os profissionais e permitem identificar situações que nem sempre aparecem em relatórios. Essa escuta ativa favorece o acolhimento e a resolução de conflitos.

Por exemplo, institucionalizar rodas de conversa mensais mediadas pelo RH com o objetivo de criar um espaço seguro para diálogo aberto sobre desafios e expectativas.

3. Observação direta do ambiente

Acompanhar o dia a dia, a dinâmica entre as pessoas e as condições do espaço físico traz informações importantes sobre possíveis focos de tensão, sobrecarga ou falta de comunicação.

Por exemplo, implementar um programa de acompanhamento semanal, em que líderes e gestores observam in loco a dinâmica da equipe, identificam oportunidades de melhoria e fortalecem a proximidade com os trabalhadores.

4. Análise de indicadores da empresa

Dados como absenteísmo, rotatividade, afastamentos e reclamações de saúde ajudam a identificar padrões e sinais de alerta. Essa análise orienta ações mais assertivas e estratégicas.

Por exemplo, implementar um painel gerencial com indicadores mensais de bem-estar e engajamento que permita o monitoramento contínuo e direcione ações estratégicas com base em dados.

5. Apoio de consultorias especializadas

Contar com especialistas em saúde ocupacional traz uma visão externa e técnica sobre os riscos psicossociais. Além da avaliação, consultorias permitem a definição de planos de ação eficazes.

Por exemplo, estabelecer uma parceria com a consultoria para realizar um diagnóstico organizacional completo e desenvolver um plano de prevenção à saúde mental.

6. Criação de comitês e espaços de diálogo

Formar grupos com representantes da empresa e dos trabalhadores contribui para identificar demandas reais, propor soluções e engajar todos na construção de um ambiente mais saudável.

Por exemplo, criar um comitê multidisciplinar de saúde emocional, que realizará encontros trimestrais para mapear necessidades, priorizar intervenções e implementar melhorias sustentáveis no clima interno da organização.

7. Capacitações e treinamentos

Oferecer conteúdos sobre saúde mental, gestão do estresse, empatia e comunicação fortalece a cultura de cuidado. Profissionais mais preparados enfrentam melhor os desafios e contribuem para um clima organizacional positivo.

Por exemplo, implementar um programa estruturado de workshops sobre inteligência emocional e relações interpessoais que integre fundamentos teóricos a vivências práticas, com o objetivo de transformar efetivamente o clima organizacional.

8. Adoção de políticas e práticas saudáveis

Flexibilidade de horários, incentivo ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional, programas de promoção da saúde e estímulo à comunicação aberta são ações que reduzem os fatores de risco e promovem mais qualidade de vida no trabalho.

Por exemplo, implementar uma política organizacional de horário flexível e pausas regulamentadas que permitam o equilíbrio entre produtividade e qualidade de vida dos empregados.

9. Avaliação psicossocial individual

Em algumas funções, especialmente aquelas com alta exposição a riscos, a avaliação psicossocial se torna essencial. Esse processo analisa o perfil do profissional e sua relação com o ambiente, conforme previsto pelas normas regulamentadoras (NRs).

Por exemplo, realizar avaliações periódicas obrigatórias para equipes que atuam em cenários de alta pressão, conforme as exigências da NR-33 (espaços confinados) e NR-35 (trabalho em altura).

Adotar essas práticas de forma integrada fortalece a saúde mental no trabalho, melhora o desempenho da equipe e contribui para uma cultura organizacional mais empática e sustentável.

Leia também: Checklist para o gerenciamento de riscos psicossociais: 10 coisas que sua empresa precisa ter!

Transforme a gestão do risco psicossocial com a Mapa HDS

O risco psicossocial exige a mesma seriedade que qualquer outro fator que afeta a saúde e a produtividade no ambiente de trabalho. 

Mais do que identificar sinais, é essencial contar com ferramentas que possibilitem o monitoramento contínuo, a análise por setor e a tomada de decisões embasadas em dados.

Com a Mapa HDS, sua empresa consegue identificar, classificar e acompanhar os riscos psicossociais com precisão. 

A plataforma organiza as informações por períodos, cargos e áreas, permite a classificação dos riscos em níveis (baixo, médio e alto) e ainda garante conformidade com a NR-01, o que oferece um histórico evolutivo completo para apoiar ações estratégicas.

Quer proteger sua equipe e fortalecer a cultura organizacional? Fale com um especialista e descubra como gerenciar o risco psicossocial com inteligência e segurança.